Ariano Vilar Suassuna é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.É defensor da cultura do Nordeste e autor do Auto da Compadecida e A Pedra do Reino. Nasceu em 16 de junho de 1927 (87 anos), João Pessoa, Paraíba.
Com a Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
Em 1942, ainda adolescente, Ariano Suassuna muda-se para cidade do Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista. Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964).
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país.
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões. Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês
Algumas obras de Suassuna, Uma mulher vestida de Sol, (1947); Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948); Os homens de barro, (1949); Auto de João da Cruz, (1950); Torturas de um coração, (1951); O arco desolado, (1952);A pena e a lei, (1959); Farsa da boa preguiça, (1960);
A Caseira e a Catarina, (1962); As conchambranças de Quaderna, (1987); Fernando e Isaura, (1956)"inédito até 1994" entre outras.
Doença
O escritor e assessor especial do governo de Pernambuco, de 86 anos, está internado no Real Hospital Português, no Recife. Na quarta-feira, 22, Ariano Suassuna passou a respirar por aparelhos. O boletim diz ainda que Suassuna foi submetido, na noite desta segunda-feira, 21, a um procedimento cirúrgico com colocação de dois drenos para controlar a pressão intracraniana, provocada pelo AVC hemorrágico. Não há previsão de alta da UTI. Em agosto do ano passado, ele sofreu um infarto do miocárdio e um aneurisma cerebral. O escritor morreu no final da tarde desta quarta-feira, 23 de julho. SUASSUNA R.I.P.
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